Viva o dia da aceitação!

Pesquisando algumas informações na internet, acabei me deparando que ontem (10/09/2015) foi o dia do gordo, fiquei meio surpresa com a data e , confesso, achei o tom meio pejorativo, pois isso tende a evidenciar ainda mais o preconceito. Isso mesmo, produção? Dia do gordo? Será que não poderíamos substituir por dia da aceitação ou da diversidade? O fato é que esta não é uma data oficial e , provavelmente, foi criada em redes sociais ou por algum movimento para evidenciar o perfil de quem está acima do peso. Particularmente, o tema me chamou a atenção para criar este post e , ao contrário de muitas matérias e notificações que encontrei na internet, vi que era uma oportunidade de mostrar o lado positivo deste tipo de movimento, combater o preconceito e mostrar a beleza de mulheres, ditas como gordas, que estão incentivando de forma positiva a aceitação do seu corpo.

A blogueira de moda Ju Romano na capa da Elle, sem retoques e photoshop, mostrando ousadia e estilo

Atualmente, existe um mercado que cresce bastante para atender pessoas com modelo plus size, além disso, existem modelos, mulheres ativistas e simpatizantes que combatem e denunciam o preconceito seja na sociedade, nas redes sociais ou no mercado de trabalho. Assim, creio que se existisse o dia da aceitação teríamos um movimento em tom menos pejorativo e mais ativista, pois existem muitas mulheres "gordas" lindas e charmosas que esbanjam sensualidade, pois não deixaram a vaidade de lado e usam e abusam de looks modernos, lingeries e biquínis. Sim, você não precisa se esconder num mar de inseguranças imposto pelo padrão do corpo perfeito, pois somos todos imperfeitos e a diversidade faz parte da atual sociedade.

Visando celebrar a diversidade e uma nova perspectiva de padrões estéticos, criamos este post para incentivar uma campanha de aceitação e de homenagear modelos plus size. Veja abaixo algumas modelos, ativistas e artistas que fazem a diferença para combater o preconceito e a "gordofobia".

A modelo brasileira Flúvia Lacerda foi descoberta em Nova York por uma agente de publicidade e se estabeleceu como modelo de catálogos plus size, além disso, costuma combater fotógrafos e produtores que queiram disfarçar ou corrigir as suas formas com photoshop ou fundo preto. A modelo possui muitas seguidoras em redes sociais que se sentem mais seguras usando roupas decotadas e sensuais.

A cantora inglesa Adele conseguiu conquistar o seu espaço com respeito e talento, possui uma das vozes mais bonitas da soul music na atualidade e é um exemplo de aceitação e atitude para muitas mulheres.

A cantora Ella Fitzgerald foi um dos primeiros exemplos femininos de atitude e aceitação, conhecida como a grande dama do jazz venceu diversos preconceitos numa Nova York dos anos 40, pois enfrentou o racismo e a pobreza, mas sua voz ímpar a transformou numa referência no mundo da música.

Gaby Amarantos é um outro exemplo de cantora que enfrentou preconceitos e ganhou espaço na música popular brasileira, a cantora paraense usa e abusa da criatividade nas letras de suas músicas e acabou se consolidando com o tecnobrega, promovendo a diversidade com criatividade e talento.

A nossa intenção aqui não é celebrar o dia do gordo, mas promover a diversidade, mostrar que os padrões estéticos precisam ser revistos, questionar a ditadura da beleza e mostrar que a perfeição pode estar na imperfeição. Ao invés de celebrar o dia do gordo, vamos promover o dia da aceitação e de uma mente mais saudável, pois não estamos incentivando a obesidade, mas a tolerância e o respeito. Viva o dia da aceitação!